Clairton Bufon / Juliano Borges
Pra quem chegar neste rancho a porteira está aberta,
Tem um cachorro campeiro latindo sempre em alerta.
Um cavalo bem zelado na mangueira relinchando,
Bezerrada no curral e umas ovelhas berrando.
Querência antiga lugar que vive o gaucho,
Na lida é forte aguerrido, não corre aguenta o repuxo,
Trabalha muito, descansa ao final do dia
Tem sossego e alegria num rancho simples sem luxo.
Lá fora uma cava grande onde o churrasco é assado
Na tarimba do galpão onde os trastes são bem guardados,
Bancos de cepo ao redor pra gauchada sentar,
E uma cama de pelego pra peonada descansar .
Tem uma chaleira preta no gancho está pendurada,
Sempre chiando no fogo e uma cuia bem cevada.
A calorosa acolhida não importa quem chegar,
O rancho não tem tramela pra quem queira visitar.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Espaço seccionado numa cerca.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Grande curral.
Comida preferida do gaúcho.
Cama rústica; também designa experiência.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Pequena tora (preparada ou não), que serve de banco nos galpões-de-fogo.
Cabaça para chimarrear (ou matear); em guarany caiguá.