João Luiz Corrêa /Dionísio Costa/Lincon Ramos
A chuva segue guasqueando, no oitão do rancho onde moro
sendo o motivo sonoro, pra me fazer mais cativo
de uma saudade insistente, que há tempo mora comigo
e aqui também fez abrigo, vivendo em tudo o que vivo
Nem sempre, aqui foi assim, já tive um sol de alegria
à iluminar todo dia, minha campeira existência
e hoje virou rotina, viver de imaginação
e prosear co’a solidão, nessa ilusória vivência
Chuva que embala o amargo
do meu viver por metade
derrama em mim a esperança
e em cada lembrança renova a saudade
O aguaceiro que se acampa, nestes rincões axucrados
deixa os campos inundados, depois da chuva caída
e no meu mundo de sonhos, saudade é uma grande enchente
desde que ela vive ausente, do rancho e da minha vida
A chuva logo se acalma, e tudo volta ao que era
e o sol da primavera, mostra a paisagem mais bela
mas no meu rancho a lembrança, que tem a voz de comando
vai continuar me inundando, de muita saudade dela