Felipe Medeiros Luz/Dionísio Costa / João Luiz Corrêa
Pra quem vive de bombacha, como eu, no dia a dia
Pouco interessa a mania, de quem anda enfeitadinho
Pois um taura de bombacha, seja na festa ou na lida
Das coisas boas da vida, conhece bem o caminho
A bombacha não é moda, muito menos fantasia
Não se usa por folia e nem é pra fazer graça
É roupa de fundamento, na campanha ou na cidade
E a estrada tem mais verdade quando um bombachudo passa
Os que vivem de bombacha sabem do que estou falando
São diferentes daqueles, que usam de vez em quando
Bombachudo em qualquer tempo, se resolve e se despacha
O que é moda, que se perca pois a vida não tem cerca
Pra quem vive de bombacha
Quem tá dentro da bombacha, vive bem mais à vontade
E sustenta a identidade, do gauchismo mais puro
Anda de cabeça erguida, pela moda transitória
Carregando a nossa história, pra os gaúchos do futuro
Sou bombachudo pachola, não só no mês de setembro
E até hoje, não me lembro, se eu andei de cola fina
Só me aparto deste pano, quando “vô lavá” meu couro
Ou me “entregá” pra o namoro e pros dengos da minha china
Vivente que se pode recomendar.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho