Amaro Peres
Sublime campo, que foi berço do peão
Mundo tão verde que emoldura esta oração
O paraíso que deus velho oferece
Tu és riqueza que o gaúcho não esquece
Sublime campo, dos bons tempos de criança
Altar sagrado, mesa posta de esperança
Fonte da vida, és poema, és inspiração
És o motivo do cantor e da canção
Galopam anjos nestas coxilhas sagradas
É deus que chega, abençoando as alvoradas
Então gaúcho, ergue a lança e segue em frente
Cuida do campo, santo chão de tua gente
Sublime campo, do pelear de cada dia
O mate quente recompensa o fim do dia
China, piás, cavalo, cusco e terra prá plantar
Coisas tão simples prá um campeiro se orgulhar
Sublime campo, terra amada, és tesouro
Catre da vida, onde a paz fez paradouro
Torrão celeste, que um dia me viu nascer
E com certeza um dia me verás morrer
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.