João Luiz Corrêa e Juliano Borges
Chapéu tapeado uma bombacha de dois “pano”
Um lencito colorado prontito pra diversão
Esse é meu jeito de sair para a festança
Pra campear namoro e dança num fandango de galpão
Vou pelo ronco da cordeona voz trocada
Chamarisco das noitadas do litoral a fronteira
Por que me gusta no entre-tempo da lida
Uma alegrada na vida num chacoalho de vaneira
Então por isso gaiteiro toca que toca
Que eu vou campeá uma chinoca que seja bem dançadeira
Mas me capricha numa marca fandangueira
De preferência que seja um chacoalho de vaneira
Nunca me falta na algibeira da guaiaca
Meia duzia de pataca pra escorar se for preciso
Na minha terra tem um ditado que reza
Que um vivente q se preza nao anda de bolso liso
Assim me vou levando a vida flauteada
Encurtando as madrugadas nos braços de alguma dona
Corto lonjuras sovando a sola da bota
Só entro em galpão que brota vaneira china e cordeona
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Procurar ou buscar no campo.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Acessório para guardar e transportar dinheiro no bolso.
Indivíduo, criatura, pessoa.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).