Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi
“Seja bem-vindo, companheiro! Este galpão é o meu templo campeiro!”
Passe pra adiante, parceiro, que eu já tô faceiro com a tua chegada;
Neste santuário gaúcho não existe luxo, mas não falta nada;
Larga teu poncho e te assenta, que o peito se aquenta num bom mate amargo;
Enquanto assa a costela, vem tirar da goela a poeira, num trago.
Vivo aqui neste galpão, honrando a tradição e os costumes antigos,
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos;
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos.
“Bamo” pitando um palheiro, que traz em seu cheiro saudade em essência;
Fala da tua gauderiada, da prenda e a piazada e da velha querência;
Pra carpetear tem baralho, enquanto o borralho desmancha a pauleira;
Depois, tu surra o leguero, domando o gaiteiro em bugio e vaneira.
Levantei este galpão, honrando a tradição e os costumes antigos,
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos;
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos.
Mas, se o cansaço te abraça, derruba a carcaça em qualquer pelêgo;
Só o canto da passarada acompanha a sesteada pra quem quer sossego;
E, quando chegar a hora de ires embora de volta ao rincão,
Leva contigo a saudade, a paz e a amizade deste meu galpão.
Levantei este galpão, honrando a tradição e os costumes antigos,
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos;
Abrindo a velha porteira do templo campeiro pra todos amigos.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
alegre, contente
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Pilcha, espécie de capa sem abertura e de gola redonda que abriga do frio.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Espaço seccionado numa cerca.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Guariba, primata sul-americano.
Breve dormida para descanso após o almoço.