Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi
Vivo cantando pra quem gosta do meu canto; eu me garanto e, da minha vida, sou o dono,
Sou bem faceiro e não me pego embretado, tô sempre animado e jamais perco meu sono,
Trago um sorriso estampado no meu rosto, tenho muito gosto por franqueza e simpatia,
Ando pilchado, por capricho e por vontade, tenho amizades pra repartir alegria.
Não me interessa o que pensam sobre mim... sou bem assim por costume e por maneira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira.
Só falsidade e grosseria me aborrece; quem me conhece, sabe até o que me chateia;
Coisa medonha algum gaudério abelhudo e linguarudo pra falar da vida alheia;
Também refugo balaqueiro e mentiroso, índio orgulhoso e china metida a mandona,
E tagarela que, se tem gaita tocando, fica falando mais alto do que a cordeona.
Não me interessa o que pensam sobre mim... sou bem assim por costume e por maneira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira.
Matear faceiro, numa prosa de galpão, gaita e violão, cantoria e churrasqueada,
Prenda bonita, bem alegre e dançadeira, a noite inteira numa tertúlia animada,
Um pingo bueno, que atende ao assobio, banho de rio pra espantar o calorão...
São essas coisas que animam esse gaúcho; não é com luxo que se alegra o coração.
Não me interessa o que pensam sobre mim... sou bem assim por costume e por maneira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira;
Só perco tempo pra fazer o que me agrada, e não há nada que me leve onde eu não queira.
alegre, contente
Vivente aventureiro que chegou na Pampa, vindo do Brasil-central; não tinha profissão definida, nem morada certa e não se amarrava ao coração de uma só mulher
Pessoa que gosta de se auto-elogiar.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Vocábulo de origem romana
Afetivo de cavalo de estimação.