Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi
Gosto de encilhar o pingo e me bandear, mundo afora,
Cavalgando esqueço o tempo, nem vejo passar as horas;
Cortando serras e campos, cruzando matas e rios,
Num trote de liberdade, sinto o vento em assobio.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
Por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
E, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
E nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.
Tem gente que se orgulha de quebrar queixos no freio,
De sangrar potros na espora, de rebentar os arreios;
Por mais aporreado que seja, não há bicho que mereça
Ser amansado no mango, mas sim com delicadeza.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
Por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
E, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
E nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.
Nunca precisei de esporas pra lidar com meu cavalo,
Pois o meu flete ensinado entende tudo que eu falo;
Até chego a imaginar que ele tem alma de gente;
Montado, viro centauro, com o mundo pela frente.
Quando monto em meu cavalo, o que é ruim eu esqueço;
Por levar a vida que levo, todo dia agradeço;
E, às vezes, chego a pensar se tudo isso eu mereço;
E nas estradas da vida, o mundo é meu endereço.
Afetivo de cavalo de estimação.
Andadura moderada dos eguariços.
Mal domado.
Cavalo bom e ligeiro, de tiro longo.