Letra: Aldo Couto Gonçalves
Música: Júlio Cézar Leonardi
Rancheira, rancheirinha, bem puladinha, para esquentar;
é bem marcada e é bem ligeira, incendeia a sala fazendo trotear;
rancheira, se dança assim: é pros dois lados, prá lá e prá cá;
segura a mão e abraça a cintura da chinoca linda, corpo a balançar.
Vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira;
vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira.
Rancheira, rancheirinha, é coisa linda de se olhar;
cá na campanha ou lá no povoado, sempre o mesmo tranco em qualquer lugar;
rancheira, encarreirada, entreveira o povo para bailar;
faz a gurizada corcovear e pular e faz a velharada se desentrevar.
Vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira;
vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira.
Rancheira, rancheirinha, não tem quem ouve sem se animar;
quem não dançou não precisa ter medo, pois não segredo nem jeito de errar;
rancheira, afigurada, com porteirinha pra gente passar;
eu vou ciscando neste sapateio, com a prenda faceira, até o sol raiar.
Vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira;
vai, gaiteiro, mete num gaitaço mais uma rancheira;
eu não me entrego nunca pro cansaço, quebrando o espinhaço, danço a noite inteira.
Guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
Andadura lenta dos eguariços.
Vila, distrito.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.