Letra: Júlio Cézar Leonardi
Música: Júlio Cézar Leonardi
Velha gaita, num canto, esquecida... tão sentida, espera, calada,
Pelo abraço de tempos distantes, muito antes de, ali, ser deixada;
Já não tem mais o brilho de outrora, pois, agora, a poeira lhe encobre;
Serve apenas de enfeite e lembrança, na esperança que alguém lhe desdobre.
Velha gaita, que chora calada, num canto, teu pranto é triste demais;
Velha gaita, que triste esse teu abandono; teu dono não existe mais.
Velha gaita, quando eu te contemplo, eu relembro de um tempo tão lindo,
Quando eu era feliz por inteiro e, faceiro, eu ficava te ouvindo;
Também lembro de quem te abraçava e tocava pra gente escutar;
Saudade deixa o peito ardendo, fazendo a gente chorar.
Velha gaita, que chora calada, num canto, teu pranto é triste demais;
Velha gaita, que triste esse teu abandono; teu dono não existe mais.
Velha gaita, quem sabe, algum dia, eu podia, talvez, te abraçar,
E tentar reviver emoções nas canções que eu ouvi, quando piá;
Eu bem sei que não tenho talento, mas, eu tento seguir cada passo;
De quem acabou te deixando e levando, de mim, um pedaço.
Velha gaita, que chora calada, num canto, teu pranto é triste demais;
Velha gaita, que triste esse teu abandono; teu dono não existe mais.