Levo a estância que quero guardada nos olhos,
Encontro o mundo, ao meu gosto, no agosto que for...
Pois tenho a alma agarrada no abraço com o pinho.
Amigo que abranda saudades de campo e de flor!
Basta fechar os meus olhos, que estendo a mirada...
Na várzea entaipada e serena até a beira do rio
E ao tranco de algum pingo bueno, do meu universo,
Reponto uma tropa de versos, mangueada a assovios:
Guardo a estância que quero no fundo dos olhos
E a alma me cobra a visita junto ao coração
Querência perdida no tempo que busco ao meu modo,
Que encontro se tenho no colo o meu violão!
Reviso na calma das horas o que me convém...
No largo dos campos floridos semeio esperas.
Imerso na vida que invento, no sonho mais terno,
De transcender os invernos pra colher primaveras.
Com o pinho nos braços me vou mundo a fora
Tinindo as esporas, campeando as minhas fontes
E o vento que chega de longe é quem dita meus rumos
Ao perseguir sem apuros meu próprio horizonte.