"Juliano Borges"
To chegando e me gusta escutar um bugiu
Que o rio grande pariu na mata serrana.
Socado no fole, marcado nos baixos
É o tranco mais macho da terra pampiana
Tá extinto nos bailes o tranco macio
Cadê o bugiu roncador das manhãs
Perdeu- se no más na invernada da estância
Dando vida a ânsia saudosa dos fãs.
Refrão
Quem sabe algum dia retorne a querência
A xucra essência que o tempo mudou
O baile de rancho a luz de candieiro
E o bugiu matreiro que a gaita tocou.
Legendário serrano do alto da pátria
Deixou sua marca no pampa sulino
Quem vive e conhece nossa tradição
Amarga a extinção desse bicho teatino
Nos bailes de rancho seu tranco é bagual
Figura imortal simbolismo sem luxo
Imploro que voltes em vida de novo
Pra ouvir deste povo o bugiu é gaúcho.
Andadura lenta dos eguariços.
Subdivisão de uma Fazenda; designa também, departamento de um CTG (Entidade Tradicionalista).
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Pessoa ou animal sem eira e nem beira, mal trapilho, que vive em extrema pobreza; este vocábulo vem dos padres monásticos que faziam voto de pobreza, castidade e obediência
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Vila, distrito.