"JP Batista/João Luiz Corrêa/Sandro Coelho/Raphael Rigueira"
Me agrada bailar de pala num fandango fronteiriço
Esquecer um pouco o serviço e dá uma folga pros arreios
Num trago véio cuiudo de "tirá" o pó da garganta
Fico dono da bailanta quando tô de bolso cheio
Num bailezito campeiro propicio pra dar estouro
Eu não me assusto com touro desses que escavarvam o cupim
Arrasto as minhas esporas no salão de chão batido
E o chinaredo entretido todas bombeando pra mim
É uma marca e mais outra vou suando meu jaleco
Não sou de estravear os tarecos mas também não sou mesquinho
Na garupa do meu mouro está sobrando carona
E esta china querendona não deixa eu voltar sozinho
Vou caprichando nas prosas desmanchando uma vanera
Bombacha cheia de poeira do chão velho colorado
Com a xirua nos braços pendurada igual um gancho
Hoje eu volto pro rancho de chapeuzito tapeado
Não me importa o falatório nem a ciumera dos macho
O buraco é mais embaixo quando me encontro aluado
E volto batendo estrivo enforquilhado no mouro
Com a morena que é um estouro pra viver no meu costado
Poncho leve de seda (para o verão), de algodão (para meia-estação) e de lã tramada ou bixará (para o inverno).
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
bordel; onde fica o chinaredo
Anca.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Dispersão de tropa em todas as direções.