"JP Batista/João Luiz Corrêa/Sandro Coelho/Raphael Rigueira"
Por eu gostar de cavalo a vida me proporciona
Aperos bueno e carona, pingos para minha encilha
O laço preso nos tentos pra bicho que se desgarra
Ou até mesmo por farra faço serrar a presilha
Num domingo de rodeio atiro a trança pachola
Do meu pingo eu ato a cola bem no tronco do sabugo
Cruzo o rastro e boto o laço nas aspas deste novilho
Te juro que não encilho pingo véio do refugo
Na doma e tiro de laço por aqui sou respeitado
Me criei correndo gado e laçando de tirão
Se tiver premio em rodeio é certo que eu engancho
E hoje volto pro rancho com a fama de campeão
Batendo casco na estrada ao som de freio e barbela
No pensamento vem ela que me jogou um vistaço
Te juro que em outro dia se a sorte abrir cancela
É certo que levo ela na garupa do picasso
No aconchego do rancho parceira é a simplicidade
Não desfaço da cidade, mas meu viver é aqui fora
Aqui eu reponto pingos dos buenos pra minha encilha
Sigo cortando flechilhas com os dentes das esporas
Bom.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Reunião para cuido, que se faz do gado.
Afetivo de cavalo de estimação.
Adestramento.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Anca.