"Paulinho Silva/ João Luiz Corrêa / Juliano Borges"
O dia "empeça"
Na campanha do Rio Grande
Cambona chia no velho fogo de chão
O chimarrão sempre cevado a capricho
"recosta" a "seiva" da mais pura tradição.
Roda de mate
Pra "prosiá" contando causos
Do tempo antigo
Que a muito ficou pra trás
Os galos cantam
Anunciando um novo dia
De lida bruta que me espera assim no "más".
Refrão
{isto é Rio Grande
Terra de lutas e glórias
Tamanha história
Que a evolução não mudou
Um chão sagrado
Feito a pata de cavalo
Timbre de galo herança do meu avô
Depois da lida
Cutuco o pingo na espora
De "volta" as casas
Vamos firmando o garrão
Lá na porteira me espera a prenda amada ,
A gurizada e o cusco de estimação
Jogo de truco
Pra alegrar a gauchada
Costela gorda pinga no fogo de chão nossa cultura
Passada de pai pra filho
Num mate amargo
Que passa de mão em mão.
Afetivo de cavalo de estimação.
Espaço seccionado numa cerca.
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Pequeno cachorro (o mesmo que guaipeca).
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.