"JP Batista/João Luiz Corrêa/Sandro Coelho"
Me agrada um baile cuiudo de abanar as franjas do pala
Me agrada a china que dança arrodeando pela sala
Ouvir o som da cordeona chegar no ouvido a gaitaço
E sair abrindo espaço neste som que nos embala
Sinto que vim nesse mundo pra falquejar a vanera
E jamais sinto canseira, pois trago a gana dos "taita"
Enquanto tiver uns troco e força em riba do pé
Eu ando atrás de muié e farejando o som de gaita
Gosto de uma farra buena regada ao som de vaneira
Vou levando nos encontros os encontros da minha parceira
Num baile véio cuiudo desses de esvaziar a gibeira
E um galpão de chão batido de "tapá" a gaita de poeira
Me agrada uma marca xucra pra vanerear sem sossego
Igual o embalo no campo em riba dos meus pelegos
Eu levo a vida flauteada a golpe e a pelegaço
E a china enrosco no braço pra me chamar de meu nego
Talvez um dia eu me aparte dessas festanças bagualas
Mas vai ficar minha marca pra relembrarem na sala
Quando roncar a cordeona e um xiru abrir o peito
Vai dançar bem deste jeito abanando as franjas do pala
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Desejo súbito, vontade.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"