"Sandro Coelho e Celso Dornelles"
Eu cresci no interior,
No meio do mato
Eu vivia assim,
Acordava bem cedinho
Com os passarinhos cantando pra mim
Logo eu me levantava
E com a gurizada saia a brincar
Jogo de bola de gude
Peão e bodoque era sem parar
Quanta saudade que sinto
Das tardes que ia para escola estudar
Aprender tudo aquilo
Que um dia o mundo iria mostrar
Quando voltava pra casa
A minha mãezinha estava a me esperar
Passava a mão em meu cabelo
E me alimentava sempre a me cuidar
Hoje depois de alguns anos
Aqui na cidade me pego a lembrar
De tudo que já passei
De tanta saudade começo a chorar
Sei que a vida não para
Que a vida não volta
Eu tenho que seguir
Mas se pudesse eu voltava
Para viver de novo tudo que vivi
Foram todas essas coisas
Que me deram forças para prosseguir
Trago esses ensinamentos
Como o rumo norte do meu ir e vir
Hoje passo ao meu filho
Isso que um dia meu pai me ensinou
Sou pai, amigo e companheiro,
O maior parceiro ele sabe que sou
E assim eu sigo em frente,
Semeando a esperança no meu caminhar
Vez enquanto volto lá,
Rever minha terra, é bom relembrar
Pois é mais feliz um homem,
Que olha pra trás e pode se orgulhar
Fiz desses ensinamentos meu rumo, meu norte e vivo a cantar
Hoje depois de alguns anos
Aqui na cidade me pego a lembrar
De tudo que já passei
De tanta saudade começo a chorar
Sei que a vida não para
Que a vida não volta
Eu tenho que seguir
Mas se pudesse eu voltava
Para viver de novo tudo que vivi.
Estilingue.