"Juliano Borges e Jorge Oliboni"
Gaiteiro velho capriche numa vaneira
Bem fandangueira pra gente se encambichar,
Que o bom campeiro não se enrereda na maneia
Monta e apeia, faz a poeira levantar
A polvadeira toma conta do salão,
Sobe do chão e se arrancha na cunheira
É desse jeito os bailes da minha terra
No alto da serra fala mais alto a vaneira
Refrão
De-lhe vaneira, gaiteiro de-lhe vaneira
Tranco de fole, convida o povo pra sala
De-lhe vaneira, gaiteiro de-lhe vaneira
Que o mundo treme, numa vaneira baguala.
Essa vaneira quase mata o dançador
Que no calor se embriaga de emoção,
É contagiante o balanço da cordeona
E as querendonas que embelzam meu rincão
Uma vaneira encilha a alma das noitadas
Pelas cruzadas do sul desse meu país
Em cada canto tem um fandango gaúcho
Simples sem luxo que faz o povo ser feliz.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Vila, distrito.
São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.