"JP Batista/João Luiz Corrêa"
Eu venho vindo lá do garrão da fronteira
Trago comigo a bandeira de gaúcho e dançador
Desculpe amigos se eu tiver algum defeito
É que trago no meu peito a estampa de domador
Tomei um trago da bombacha bati o pó
Até de mim tenho dó quando sapecam vanera
Venho aguachado louco pra arrastar o pé
E hoje se deus quiser eu tapo o salão de poeira
Venho aguachado louco pra arrastar o pé
E hoje se deus quiser eu tapo o salão de poeira
Eu "tô" chegando pra bailar de cola atada
Hoje varo a madrugada é tudo que sempre quis
Eu trago um jeito debochado na vanera
Tranco xucro da fronteira e me basta pra ser feliz
Só me acomodo quando vem clareando o dia
E eu nos braços da guria rasgando prosa no ouvido
E o baile véio macanudo sem porteira
Surungo a moda campeira outro igual até eu duvido
Vou me aprumando pra prenda já fiz promessa
E não há o que me impeça a não ser que deus não queira
Encilho o pingo no próximo eu "tô" de novo
Bailando fime no povo entre gaitaço e vanera
Encilho o pingo no próximo eu "tô" de novo
Bailando fime no povo entre gaitaço e vanera
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Calça-larga abotoada na canela do gaúcho
Diz-se do cavalo que, por ter permanecido solto no campo durante longo período de tempo, está muito gordo, pesado, barrigudo, impróprio para o trabalho forçado imediato.
Selvagem.
menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
forte, encorpado, usado tanto para pessoas quanto para objetos
Jóia, relíquia, presente (dádiva) de valor; em sentido figurado, é a moça gaúcha porque ela é jóia do gaúcho.
Afetivo de cavalo de estimação.
Vila, distrito.