Jesus Almeida / Xirú Missioneiro
Este Rio Grande gaúcho feito a pata de cavalo
Jamais se deitou no pialo de interesses estrangeiros
Por isso meu companheiro que gringo aqui não se acampa
Sou um velho que cheira à pampa rio-grandense missioneiro
Por isso calço o garrão quando vejo algum agiota
Querendo vender a pátria que herdei de meus ancestrais
Talvez não peleie mais com adaga cabo de guampa
Mas entregar essa pampa eu não deixarei jamais
Tem muito piazito novo que desconhece o passado
É guri mal informado desta nova geração
Que perdeu a direção e acha que tem direito
De tratar com desrespeito a gente deste meu chão
(E tu piazito moderno que és descendente da história
e herdaste com muita glória e há de entregar sem teu sangue
e por mais que faça desmande, pra desonrar a querência
não encontrarás vivência, melhor que a do meu Rio Grande)
Sou um velho que cheira à pampa com muito orgulho e não nego
E no meu sangue carrego o estoicismo e o afinco
E quando meus dente trinco renasce a raça bravia
Que peleou com galhardia na briga de trinta e cinco
(Mas entregar essa pampa eu não deixarei jamais)
por nelson de campos
Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Adolescente.
menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)