(Zezinho / Dionísio Clarindo da Costa)
Gaitero tem alma de peão de estancia
Encurta distancia se for pra tocar
No lombo das notas transforma o balanco
Num compasso manso pro povo amuntar
Atorando a noite num bufo de gaita
O gaitero taita enfrena a cansera
Que nem um ginete grudado nas crinas
Esporeia a sina domando a vanera
No campo o ginete e o artista campero
No baile e o gaitero quem dita o compasso
Lá fora um ventena bailando na poeira
Cá dentro a vaneira domada a gaitaco
De tudo que e pelo vanera entropilha
Povoa as coxilhas dos bailes do pago
Tem a cabortera que foi mal domada
E a mais compassada que aceita um afago
A vaneira mansa campeia sossego
No arranjo pelego da doma sonora
A vaneira xucra não carece arreio
Se vai num floreio pela noite a fora
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Vila, distrito.
Vivente valentão, destemido e guapo.
Destino, sorte.
Adestramento.