(Zezinho / Dionísio Clarindo da Costa)
Nasci pra viver na farra, onde conversa a cordeona
Dengo e choro não me agarra, meu abraço não tem dona
Solito me determino, pra me casar tô sem pressa
E o rumo do meu destino e só pra mim que interessa
Bruxaria não me pega, zóio feio não me marca
Tudo que a sorte me nega, eu ajeito na fuzarca
Me sumo quando anoitece, campeá um retoço no pago
Só volto quando amanhece, repunando fumo e trago
Me chamam de tipo à toa só porque eu gosto de festa
Se tem tanta coisa boa, não vou pegá o que não presta
Me chamam de tipo à toa só porque eu gosto de festa
Se tem tanta coisa boa, me livro do que não presta
Se tem barulho, eu me chego pra bebê e fazê fumaça
Tô virado num morcego, de noite eu ando na caça
E os pila que vem suado, vai num tapa, que eu nem vejo
Chego no rancho quebrado e os beiço inchado de beijo
Bruxaria não me pega, zóio feio não me marca
Tudo que a sorte me nega, eu ajeito na fuzarca
Me sumo quando anoitece, campeá um retoço no pago
Só volto quando amanhece repunando fumo e trago
Denominação dada à antiga moeda de “um mil réis”. Palavra regional que dá nome a moeda nacional, no caso o Real (ex: 10 pila, 25 pila - usa-se sempre no singular).
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.