(Zezinho/ Léo Ribeiro de Souza)
Quatro patas no sereno e a cerração levantando
Entre raios multicores, rio grande vai madrugando
Num mouro negro tratado, saio a passo campo afora
Então me sinto um pachola por trazer o sol na espora
O atavismo gaúcho andeja junto de mim
Num sarau na casa grande ou num galpão de capim
Mais se eu pudesse escolher como viver a contento
Seria sobre uns arreio com a gaita presa nos tentos
O cachorro vem na guarda, o garbo vem na encilha
O tajã que canta e passa deixa um eco nas coxilhas
As aguadas do caminho vão mostrando um ser nativo
Que refaz a própria história quando bota o pé no estribo
O atavismo gaúcho andeja junto de mim...
Este canto vai a trote pra quem gosta de cavalo
Quem olha o mundo de um basto entende bem do que eu falo
Porque a alma deste bicho deve ser de um bugre antigo
Que nas horas mais amargas faz costeio pra os amigos
O atavismo gaúcho andeja junto de mim...
Pra cruzar o rio a nado, pra os retoços de domingo
Pra encurtar os horizontes, o meu recurso é meu pingo
Por isso vamos meu mouro que as chaminé tão fumando
O tempo passa num upa e eu tenho alguém me esperando
Orvalho.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Andadura moderada dos eguariços.
Tipo de arreio.