(João Sampaio / Odenir dos Santos / Zezinho)
No vizindário corre a data de um fandango
E o pessoal se vai aos bando, pra comprá roupa no povo
Dia de festa todo mundo bem vestido
Um cheiro bueno de tecido, pior que milico novo
Boca da noite lotava a frente da casa
Igual formiga de asa quando a chuva vai parar
Roncava a gaita e se abraçavam igual dois mano
Saiam espalhando os pano de fazê a luz apagá
Meta cordeona, gaitero, meta cordeona, gaitero
Que pr'esses lado um baile bueno não é sempre
Meta cordeona, gaiteiro, meta cordeona, gaiteiro
Que tá lotado e ainda tá chegando gente
Lá pelas tantas gritava o dono do rancho
Vamo pára prum descanso, dá uma forrada no bucho
Lá na cozinha tem café e cueca virada
Toletes de carne assada e um carreteiro gaúcho
E o piá da casa, bocejando de dar pena
Vinha repor querozena num lampeão junto a cunheira
Chega se espiando uma veiota baguala
Pra atira água na sala pra podê baxá a poeira
Meta cordeona, gaitero, meta cordeona, gaitero...
Lá nas macegas, um mamau campeia o frasco
Não se dá conta dos cascos dum bagual que masca o freio
E o pingo inquieto, já brabo de esperá o dono
Resolve espantar o sono e sai espalhando os arreio
Ja tresnoitado e calejado nos dois ombro
O gaiteiro segue aos tombos com a cordeona de botão
Meio cochila, se acorda e segue de novo
Miando igual gato novo no costado do salão
Os vizinhos, a vizinhança em geral.
Bom.
Vocábulo de origem espanhola, que significa: Militar.
Guri.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
Afetivo de cavalo de estimação.