(Zezinho)
Me criei nas invernadas quebrando queixo de potro
Tirando touro do mato e repontando nos encontros
E as marcas no tirador são de guampa e golpe de laço
E bote de cascavel nas tardes brabas de mormaço
Ombriei tormenta de pedra com a véia capa gaúcha
Que certa feita no povo chamuscaram de garrucha
Por uma china maleva não vale a pena peleia
Mais correr de um bate guampa na minha terra e coisa feia
Levo a vida do meu jeito igual potrada orelhana
Meu berço é em riba do pasto de catre eu tenho a badana
Montado no mesmo pêlo que eu escolhi por torena
Numa volteada de gado se atora e não se apequena
Quando a noite se debruça escondendo o sol na coxilha
Se forma orquestra campeira tocando mil maravilhas
E um graxaim no puleiro vem chegando de carancho
E um rádio tocado a pilha traz a cordeona pro rancho
Avental de couro; pilcha exclusiva de serviço.
Tem dois sentidos: impulso brusco ou negócio fraudulento de alarife.
Vila, distrito.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Malfeitor, desalmado, mau e perverso.
Cama rústica improvisada com o “maneador” passado entre dois varões que unem dois pares de pés em forma de “X”, sobre o que, coloca-se forros (pelegos).
Pelagem (cor dos pêlos) de animais.
Ato de percorrer o campo trazendo alguns (ou todos) animais.