No meu rancho a beira mato há uma orquestra por capricho
Tem sinfonia dos bichos quando a noite chega ao fim
Tem zum zum de camoatim na sombra mansa da casa
E um barreiro arrasta a asa cantando a vida pra mim
No meu rancho a beira mato tem zum zum de camoatim
E um barreiro arrasta a asa cantando a vida pra mim
E na quincha do galpão fez morada pra parceira
Sua ilustre companheira com seu porte de donzela
A noite fica mais bela quando a fêmea se desnuda
E a fauna toda se muda em formato de aquarela
No meu rancho a beira mato tem zum zum de camoatim
E um barreiro arrasta a asa cantando a vida pra mim
Os cachorros são carentes e a cadela muito mais
É a mesma ânsia dos pais em ver os filhos por perto
Mas este destino incerto às vezes nos faz andejo
Campeando notas de harpejo sólito num campo aberto
No meu rancho a beira mato tem zum zum de camoatim
E um barreiro arrasta a asa cantando a vida pra mim
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.