( Fábio Maciel / Zé Renato Daudt / André Teixeira )
A manhã pedindo cancha
Sobre a missa dum balcão
Onde o padre é um bolicheiro
E a canha é quem dá benção
Vão doutrinando os paisano
Num batismo de fronteira
Que vai fazendo esparramo
Na ‘idéia’ de quem clareia
Quem “rezou” a noite inteira
Num altar tradicional
Campeando o rumo das casa
E pecador no ritual...
Ainda vai retumbando
Na cabeça um bordoneio
E o sol “cozinha” sem pressa
Quem vai firmando os arreio
Nas rédea - um santo rosário -
Que vem o corpo benzendo
Pena que a borracheira
Traz as duas mão tremendo
Sorte um pingo da confiança
Que ainda conhece o prumo
Pois quem segue pela estrada
Multiplica o próprio rumo
Mas de fato pouco importa
O que fiz de madrugada
Pois o fim foi na porteira
Bem na hora da pegada
Por cristão rogo assoviando
Uma vanera pra o céu
Pois na encilha achei minh’alma
Perdida neste mundéu
Na farra e golpeando trago
Fiz render mais um domingo
Porque galo da fronteira
Mete até “quaje” dormindo
Eu sou crente dessa igreja
Onde a canha é quem batiza
No culto manda quem pode
E obedece quem precisa!
Apero de couro (torcido, trançado ou chato) preso às gambas do freio, que servem para governar os eguariços.
Afetivo de cavalo de estimação.
Estafeta que leva algo a outrem.
São os aperos que vão sobre o lombo do eguariço, somente.