(Crioulo dos Pampas)
Fui visitar uns velhinhos
Que eu considero parente
Um casal pra lá de sério
Sistema de antigamente
Me convidou pra matear
Notei algo diferente
A velha lá na cozinha
O velho gritou lá da frente
Faz um mate de erva, "véia"
Não tem água, "véio", quente
Não tem lenha, "véia", lascada
Só um pau, "véio", podre
Veio e me cumprimentou
Enquanto me perguntava
Como é que tu tá, guri
Quanto tempo, onde andava
Respondi, pediu licença
Mas pra o velho nem olhava
Se mandou lá pra cozinha
O velho, sem jeito, gritava
Faz um mate de erva, "véia"
Não tem água, "véio", quente
Não tem lenha, "véia", lascada
Só um pau, "véio", podre
"Conversemo" a tarde inteira
Eu disse adeus pra ir embora
Até mais, seu Juvenal
Um abraço pra sua senhora
O velho entortou a boca
Apareça outra hora
Ainda ouvi ele gritar
Mais uma vez lá de fora
Faz um mate de erva, "véia"
Não tem água, "véio", quente
Não tem lenha, "véia", lascada
Só um pau, "véio", podre
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.