(Rogério Villagran/André Teixeira)
Peço licença pra este canto galponeiro,
Que estropiado do asfalto da cidade,
Se “empotreirou” num arrabalde “povoeiro”,
E da campanha, se adelgaça de saudade.
Peço licença pra que ele seja escutado,
N’algum galpão duma estância macharrona,
Na sintonia de algum rádio enfumaçado,
Que se abaguala mesclando chiar de cambona.
Canto de pátria, destapado no atropelo,
Do “semaneiro” que reponta a recolhida,
Buscando a volta, num “piqueteiro”, d’em pêlo,
Trazendo a grito a cavalhada pra lida.
Tantas imagens que a minha querência pinta,
E se eternizam na goela dos cantadores,
São mais gaúchas se um peão de estância requinta,
E também canta, balanceando nos fiadores...
História antiga rabiscada com as rosetas,
Dos que ainda arrastam esporas por estes fundos,
E não aceitam que a evolução se intrometa,
Mudando o canto mais genuíno do mundo.
Por isso eu venho, senhores, pedir licença,
E pra dizer que eu “tô” de garrão trancado
Pela defesa da verdade desta crença,
Que me garante cantar de chapéu tapeado.
Que o meu Rio Grande, que tem tradição na estampa,
Seja crioulo pra o resto da eternidade.
Seja o gaúcho, um monumento da pampa,
Que o resto eu canto sem perder a identidade.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Grande estabelecimento rural (latifúndio) com uma área de 4.356 hectares (50 quadras de sesmaria ou uma légua) até 13.068 hectares (150 quadras de sesmaria ou três léguas), dividida em Fazendas e estas em invernadas.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.
Filho de origem estrangeira, nascido aqui. Pode ser filho de branco, de amarelo ou de preto, não importa a raça ou a cor.