(Letra: Iradi Chaves e Jones Andrei Vieira | Música: Jones Andrei Vieira)
Fermino fazia a ponta da tropa que se estendia pra os rumos de Campo Belo
Chapéu de Panamá, nos ombros o bichará que cobria o parabelo
De bota sanfonada o tirador e uma prateada e guaiaca com dinheiro
Lenço branco no pescoço, as espora era' um colosso no velho estilo campeiro
Trazia tropa de mula comprada lá na fronteira até o pinheiro marcado
Engordava bem a mulada pra depois seguir um rastro pra os rumos do Contestado
Na Lapa ferravam a tropa e reforçavam a paçoca pra depois seguir em frente
Mula, cargueiro e bruaca enfrentando a lida bruta até chegar em Prudente
E quando o sol vai se escondendo já se prepara a pousada
O madrinheiro encosta a tropa, na bruaca tem paçoca e charque pro carreteiro
E numa cama de pelego com a luz da estrela-d'alva
Embalando sonhos, repontando na estrada, o velho Fermino tropeiro
Chegando lá em Prudente contava a encomenda e entregava a tropa inteira
Abastecia as bruacas sem esquecer a cachaça que na volta é companheira
Com empreitada bem feita e dinheiro na guaiaca segue o lume da boieira
Lá vem Fermino tropeiro com suas mulas e cargueiro acenando na porteira
Já tão grande o piazedo, o tempo passa e não para pra quem reponta estrada
Vai-se ano e mais ano, Fermino se fez biriva com suas mulas tropeando
Com a luz da estrela-d'alva tropeou sonhos e rondas, carinhos da prenda amada
E vai-se ano e mais ano, Fermino se fez biriva com suas mulas tropeando
E quando o sol vai se escondendo já se prepara a pousada...