(Letra: Iradi Chaves | Música: Léo Ferraz)
De estâncias galponeiras neste meu sul sem fronteira eu cultuo amizades
As lidas que fui forjado, nos costumes do passado fiz a minha identidade
As andanças de campeiro, eu uso pala e sombreiro e a xucra liberdade
Para quem reponta estrada e aquerenciou madrugadas paleteando a realidade
Por estes campos do sul espelhado em céu azul de minha querência amada
A imagem do pago eu vejo repontando estes sinuelos
No colorido do pelo de um horizonte estrelado
Cada estância tem o seu ritual porque um homem rural tem o seu conhecimento
Camperear é sua sina e leva Santa Catarina no verso com sentimento
Rédeas na mão e bem firme nos arreios campereando os seus anseios, tropeando no corredor
Vencendo o tempo, fazendo história e nos arquivos da memória um legado de fiador
Foi nas estâncias galponeiras que se abriram as porteiras para outros continentes
Tropeando abriram picadas em meio à mata fechada, era brava aquela gente
Na veia o sangue nativo ao viver o campeirismo que temos por devoção
Valorizamos a querência para deixar referência para outra geração
Por estes campos do sul espelhado em céu azul de minha querência amada...