Salvador Lamberti, Reimar Barcelos e João C. Leite
Valsa
Vai embora solidão juntar-se a lua
Só retorna se algum dia eu te chamar
Foram tantas esperanças que plantei
E que ela carregou no seu olhar
São medonhas as angustias e saudade
Pra quem vive os sobressaltos do amor
Tantos sonhos indormidos desta vida
Se despencam como pétalas de flor.
A paixão que contamina seu destino
Retempera as emoções e sentimentos
Sem controle da razão e dos desejos
Qual perfume se esparrama pelos ventos.
Nos caminhos desta paixão andarilha
É que encontro esta força rebuscada
Na certeza de algum dia eu encontrá-la
Passo a passo vou seguindo a velha estrada.
Alma liberta, não sufoco as esperanças
Recordando a gente vive muito mais
Somente o tempo com a luz da providencia
Para unir dois corações tão desiguais.