Salvador Lamberti / João Chagas Leite
Chamamé
Esse jeito magro de levar a vida
Sem pedir guarida e sem contestar
Esta hora santa desse cio da terra,
Que não gera guerra, mas que o homem faz
Que este meu canto que fala das flores
Fala dos amores e só sabe amar
Este meu verso se veste de branco
Num pedido franco chamando por paz.
Eu sou brasileiro, sulista consciente
Já plantei semente no Brasil central
Abracei São Paulo, o Rio e Brasília
Levei as coxilhas para o Pantanal
Eu sou brasileiro, sulista consciente
Já plantei semente no Brasil central
Abracei São Paulo, o Rio e Brasília
E trouxe as coxilhas para o Pantanal
Este meu conceito de felicidade
Traz a equidade do homem viril
Neste meu estilo de cantar pausado
Carrego estampado meu jeito Brasil
Os versos que trago tem sabor de vida
Fala em margaridas e no flamboyant
É café com leite, ´s gado berrando
Um sabiá cantando todas as manhãs
Este som de viola tem verdades cruas
No ciclo da lua nas ondas do mar
Estes horizontes de um olhar criança
Trazem esperança pra quem quer mudar
Tenho claridade da luz do cruzeiro
Voz de cancioneiro nesta integração
Sou mescla da terra do chão brasileiro
Que carrego inteiro no meu coração.