Naquele rancho em que o amor se fez morada
Se fez estrada aos passos do coração
O teu perfume que aquecia minha saudade
Era vontade em conversar com essa paixão
Mandei o vento lhe entregar o meu carinho
Longo caminho o minuano percorreu
O frio que a noite perturbava o meu silencio
Trazia o cheiro desse amor que se perdeu
Porque não tenho mais o gosto dos teus beijos
Os meus anseios são mais tristes quando sós
Porque o minuano não me trás mais o teu cheiro
Porque ele leva esse amor pra longe de nós
E aqueles sonhos que trouxemos para o pago
Eram afagos nas noites de solidão
Eram braseiros que queimavam nossas magoas
E aqueciam com ternura o coração
Foi uma estrela que trouxe pra o meu lado
Me fez amado pra viver sempre contigo
Teria sempre o aconchego dos teus braços
Se tua partida não tivesse feito abrigo
Foi este inverno o mais frio que já passei
Pois não ganhei os teus abraços pra sonhar
Que tantos mates eu sorvi pensando em nós
A sós no inverno dos meus sonhos vou te amar
Porque não tenho mais o gosto dos teus beijos
Os meus anseios são mais tristes quando sós
Porque o minuano não me trás mais o teu cheiro
Porque ele leva esse amor pra longe de nós
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).