Sombreiro quebrado, tapeado pra cima
Parece obra prima co´as aba intanguida
Dois ferros calçados, um igual ao outro
E as botas de potro aquebrantando a vida
Apegos e ânsias, estâncias e rumos
A sorte um consumo que vem sem sinuelo
Pra um homem de guerra que a um sonho se agarra
Baguais e guitarras são fletes de um mesmo pêlo
Estampa surrada, judiada do tranco
D´um baio lonanco, veiaco e malino
A alma um palanque cravado bem fundo
Escorando o que o mundo chama de destino
Vos falo de um xucro e retruco aos demais
Que entre baguais anda solto na poeira
Um quebra parido num rancho barreado
Sobre o chão sagrado da nossa fronteira
Das domas e tropas, das grotas e sangas
Bois mansos de canga e rodeios de cria
São coisas que o guasca templou com as esporas
Bombeando as auroras e as barras do dia
Com a pátria nos tentos e o vento na fronte
O tempo é um reponte que aos poucos consome
O corpo de um taura que um santo benzeu
Pra ser menos que deus, porém mais do que um homem!
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Selvagem.
Contrariar.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Jugo de madeira que serve para cangar bestas (bois).
Tira de couro cru; também designa pênis de gaúcho, ou gaúcho rude e rústico.
Vivente que se pode recomendar.