Parece que eu já nasci com relho e tento na mão
Tirador meia-canela e espora riscando o chão
Já vim montado num basto,
Também de chapéu tapeado
E me esperavam aqui no mundo
Com um potro de queixo atado
Trouxe bocal e maneia,
Uns maneador e buçal
Arreio e corda forte
Que é pra lidar com os bagual
Espora de sete dentes pra ginetear
O destino que deus reserva pra os homem
E ver se escrevo meu nome nas paleta de um malino
[declamação]
E quando eu sair pra o mundo,
Eu não quero ser doutor
Quero chegar numa estância
E me justá de domador
Onde tenha potro xucro só de raça caborteira
Que num coice apague o rastro
Que saia arrancando o pasto
E toque de lado as basteiras
Eu quero tudo veiaco, coiceiro e manoteador
Que tenha cosca na boca, empachado e boleador
Que sejam tudo bocudo,
Que eu canse os braços golpeando
Que custe a ficar sujeito,
Que encoste o queixo no peito,
Que caia e fique roncando
Eu só não escolho o pêlo
Pois nenhum se bota fora
Que andem só de lombo duro
Se assustando das esporas
Volto pra enfrená a potrada
Quando o inverno vier chegando
Porque chuva não me estorva
E voltem na segunda sova,
Tudo potro e veiaqueando
E o pau vai pegar?
Espécie de açoite.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Selvagem.
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.
Barrigudo; já faz tempo que não defeca.
Se diz, quando um peão se amaseia com uma china, que arrumou um encoste.
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.