De cacho atado troteia firme o meu mouro
Luzindo a estampa de pingo dos meus arreios
Me balanceio e tenteio dum estrivo ao outro
Rumo ao povoado no reponte deste anseio.
Meu mouro pampa que se embala nas ponteadas
Masca o bocal com jeito de redomão
Se balanceia babando uma espuma branca
Passarinheiro quase nem pisa no chão.
Eu trago a alma já templada pela gana
De atar meu mouro no palanque da ramada
Na manhã clara e um domingo ensolarado
Que se destapa no olhar de quem me agrada.
Onde te vejo...
Mais linda que a estrela d'alva.
Ânsia e feitiço...
Graça da flor do aguapé.
Que me bolqueia o domínio do teu encanto
E um rancho pampa quinchado de santa fé. bis
Onde te vejo...
Mais linda que a estrela d'alva.
Ânsia e feitiço...
Graça da flor do aguapé.
Como eu queria que este mouro que hoje encilho
Tivesse a marca deste simples domador
Pra que eu pudesse junto ao carinho de um mate
Dar de presente pra ti com sincero amor.
Mas algum dia se deus, quiser lá na estância
Por uma doma se o patrão me permitir
Redomoneio um picaço lunarejo
Que tá orelhano e dou de presente pra ti.
Toso a capricho, corto os casco e adelgaço
Ajeito um nome que seja do teu agrado
Não sou guasqueiro mas pra minha linda eu me atrevo
E com carinho faço um preparo ponteado.
Eu sei que é pouco...
Pra ti que merece tanto!
Talvez um dia...
O meu destino seja outro.
E eu me costeie frente ao teu grito de forma
E tu embuçale o meu coração de potro. bis
Eu sei que é pouco...
Pra ti que merece tanto!
Talvez um dia...
O meu destino seja outro.
Afetivo de cavalo de estimação.
Descampados cobertos de vegetação rasteira onde a vista se estende ao longe; compreende desde a Província da Pampa Austral, ao sul de Buenos Aires (Argentina) até os limites do RGS com o Estado de Stª Catarina (Brasil).
Esteio grosso e forte, onde se amarram animais.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Adestramento.
A maior autoridade de uma Estância, Fazenda ou CTG.
Uns dizem ser o animal sem sinal na(s) orelha(s); a origem deste vocábulo é discutida - outros dizem ser proveniente do Pe. Cristóbal de Mendoza ORELLANO que reculutava gado bagual e não identificado, na Vacaria dos Pinhais.