(José Gabriel Claro/Zezinho)
De pingo encilhado, costeando os pinheiros
São dois companheiros, parceiros de lida
Que vão, lado a lado, no rumo do gado
Meu avô me dando umas lições pra vida
E, sobre os arreios, me firmava uns tentos
E, toreando o vento, meu chapéu quebrado
Numa zaina buena que é meu regalo
Se eu levasse um pealo, o vô tava ao lado
Este vô gaúcho, agradeço a deus
Teus ensinamentos vão pros filhos meus
Vou guardar pra sempre na minha lembrança
Que o melhor da infância foi do lado teu
Num instante, é uma prosa de homem pra homem
Mas logo ele vem, parecendo um guri
Entende as minhas manhas, releva minhas "arte"
Com um tal malasarte, muito me faz rir
Este amigo que tenho, hei de ter muitos anos
Pois faço meus planos contando contigo
Ajeita a encilha, desentoque o laço
Afirma teu braço pra laçar comigo
Este vô gaúcho agradeço a deus...
Afetivo de cavalo de estimação.
O osso do jogo-do-osso.
Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.