(Dionísio Clarindo da Costa/Porca Véia/Zezinho)
Nessas noitadas, quando me encontro na farra
O tempo pára entre trago e cantoria
Sou mais um xucro paleteando uma cordeona
Na redomona sina andeja de alegria
Não faço conta de quem repara meu jeito
Tenho defeito, sou gaiteiro e não sou santo
Mesmo que alguém me tenha pouca simpatia
A maioria entende tudo que eu canto
Não mudo meu jeito nem que o céu desabe
Quem me vê, já sabe que eu não tenho luxo
Sou da tropa véia que não tem frescura
Pode ser grossura, mas sou bem gaúcho
Enquanto eu abro a minha gaita fandangueira
A sala inteira se prepara pra bailar
A poeira sobe, não fica ninguém nas mesas
Se hay tristezas, já desocupa o lugar
Em qualquer rancho, sempre sou bem recebido
Não sou exibido, mas só toco em casa cheia
Carrego n'alma o mais puro gauchismo
E o tal modismo nunca me botou maneia
Não mudo meu jeito nem que o céu desabe...
Minh'alma xucra de campeiro e cantador
Tem o valor que o meu povo quiser dar
Se me der vaza, me desmancho em cantoria
Meto alegria, não dou tempo pra chorar
Em cada marca, eu bendigo a minha terra
Fronteira e serra e onde meu xucrismo alcança
Embora o troco seja minguado e perverso
Eu sigo metendo verso nas orelhas de quem dança
Não mudo meu jeito nem que o céu desabe...
Selvagem.
Destino, sorte.
Coletivo de militares e de bovinos.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Vila, distrito.