(Luiz Bastos/Rodrigo Bauer)
Quando o xergão eu largo solto no meu baio
Já de soslaio me coringa o velho pai
Porque ele sabe que eu só saio nesse pingo
Pra me perder pelos domingos do uruguai
Sou domingueiro que os bolichos e os amores
Nos corredores faz a vida despertar
E aonde encontro moça linda e cordeona
Procuro sombra pra poder desencilhar
Entro no baile pra dançar a noite inteira
Vanerão, xote, rancheira, danço tudo que vier
Quando me perco numa noite de fandango
Troco a vida por um tango e gasto o chão num chamamé
Essas estradas que cruzei por muitas vezes
Fui conhecendo o coração das querendonas
Uns eram doces que nem mel de lichiguana
E outros mais duros do que a própria pedra moura
Sou um campeiro que, no meio do entrevero
Não pede ajuda pra chamar alguém de feio
E que, apesar de não gostar de "reviria"
Levo uma adaga na cabeça dos arreio
Entro no baile pra dançar a noite inteira...
Baixeiro apero de encilha que se coloca no lombo puro do animal.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.