Larga e dá um tapa na cara que berre como quiser
Metendo a mão no focinho me errando coice nos pé
Que eu vou mostrar pra estes cavalos como eu trato minhas muié
Vou frouxar o couro da marca cortar bem sobre a paleta
Pra me derrubar de cima só que o lombo se derreta
Depois arrasto as morenas por cima de uma carreta
Se cravar as ventas na grama se escarrapacha berrando
Saio a passito na frente com as minhas esporas cantando
Se vai virando cambota que coisa linda que eu acho
O céu tremendo nos olhos parece que eu tô borracho
(Domo esta dona e faço a cordeona chorar
E o baile véio vai até o dia clarear
Domo esta dona e faço a cordeona chorar
E uma morena diz que hoje vai me esperar)
Larga que bata carona pra me tirar o sossego
Gosto do maula que saia babando nos meus pelegos
E a china eu gosto que chegue já me chamando de nego
Nasci na costa do mato índio cruzado com branco
Beiçudo que velhaqueia eu faço pegar no tranco
E a china eu levo na prosa com dois três beijos eu amanso
Deixa esse potro rinchando virar cambota
Que eu debulho uma vaneira com a direita e com a canhota
Rio Grande velho, Rio Grande marca gaúcha
Essa morena do baile eu vou levar na garupa
( )
Tem dois sentidos: Patada violenta de um animal; ou, a 1ª junta de bois cangados.
Vivente que não devemos recomendar.
Mulher mameluca (primeira companheira do gaúcho).
Mistura de mais de uma raça; também se diz de um cavalo calçado em diagonal.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.