Venho do perau do cerro da serra do cavera
Das artimanhas da vida tenho causos pra "conta"
Ja cruzei picada escura nas noites de chuvarada
Ja vi coisas de outro mundo numa tapera assombrada
Mas nem por isso parceiro, eu deixo de andar no mundo
E o rincao "dos boca seca" eu conheco de frente a fundo
Das peripecias da vida peleando ja saltei fora
Cortei baldrame de rancho com os dentes das minhas esporas
Ja desaporriei matungo dando laco a campo fora
Quando o caborteiro roda, dou-lhe um grito e salto fora
Gosto de mulher bonita, de fandango e carreirada
E uma gaita de oito baixos roncando na madrugada
Mas nem por isso parceiro...
Pouco me importa se o tempo um dia vai me matar
Eu nao nasci pra semente e nem vim aqui pra ficar
Agradeço a natureza por tudo que ela me deu
Meu nome fica na historia pra quem nao me conheceu
Mas nem por isso parceiro...
Precipício.
Habitação abandonada e deserta.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Cavalo de pouca qualidade.
Animal manhoso e infiel, velhaco.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.