As minhas perna aleviana o corpo
Se acaso o potro virar
Saio com o cabresto na mão
Pros arreio não extraviar
Cair, um ginete inté cai
Tá na conta do perigo
Pra largar a égua c'os arreio
É feio pra um taura do tempo antigo
Quando se perde os costume
Se perde a direção
É moda que vira potro
Que arrasta a crina no chão
Derruba o domador
Toma o cabresto da mão
Compra os queixo e rasga a mala
E a voz do campo se cala e acaba com a tradição
Os campeiro de hoje em dia
Não sabem carnear uma oveia,
Não usa espora e nem faca,
Não campereia, passeia.
Não sabem esgotar uma vaca
Nem curar uma bicheira,
Não sabem trocar uma trama
E nem o braço de uma porteira.
Nasce e morre no galpão,
Costume dessa querência,
Que chora no picumã
A saudade dessa ausência
No esteio, pendurada,
A cabeça do tordilho,
Pra não ficar abandonada,
No buraco da ossada, uma corroeira faz um ninho.
Cavalo novo que ainda não levou lombilho.
Apero de couro cru que prende-se ao buçal (pela cedeira ou fiador).
Até.
Vivente que se pode recomendar.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.