Letra: João Alberto Pretto
"E quando eu me agarro nesta gaita velha, é de trincar o teclado, minha gente."
Botei a gaita nos peito' pra fazer tremer um surungo
Pois fui criado no mundo, dos galpões, aquerenciado
A gauchada, ao me ver, cochichava: -Agora eu danço
Porque o tranco e o balanço vai ser de trincar o tecrado'
As chinas se entreolharam porque sentiram firmeza
Eu gosto quando as beleza' mordem o brinco de faceira
No tilintar das chilenas, ficou grande o sarandeio
Com olhares pelo meio, aconchegando a vanera
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
E se for bom entreveiro, daqueles amarrotado'
Mesclado ao dom cadenciado com salseiro de morena
A xucreza do Rio Grande, berrada a quarenta e quatro
O salão, limado à taco, tem tábuas que não se empina'
A noite sacolejando e até lampião chacoaleando
Polvadeira levantando, coçando a fresta das venta'
E o baile foi que se foi, lusque-fusque apenumbrado
Sem ninguém ficar sentado e dizer que não aguenta
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
Não tem lero, não tem quero, fandango não tem desdém
E só dá o seu recado quem toca e dança bem
"Se tu não toca' e não dança bem, não arruma' ninguém. Olha o balancinho, assim ó. Mas nesse balanço aí, quem que não dança? Fui."
Baile de baixa categoria.
Andadura lenta dos eguariços.
Denominação genérica do Baile Gaúcho.
Conflito, peleia de muitas pessoas