(Miro Saldanha)
Senhores, venho dos montes por onde voa o condor;
Solo sagrado onde o índio foi o primeiro a pisar;
O branco escreveu a história de escravidão e de dor
E a sombra, de grandes asas, veio do céu pra mudar.
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REFRÃO
Espírito que voa, teu grito ecoa na imensidão,
Sonhando um povo latino com seu destino na mão!
A sombra de tua imagem lembra coragem, bravura e fé!
E o céu que tua asa palpa une Atahualpa a Sepé!
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REFRÃO
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Voa, gigante alado, buscando um tempo melhor!
Guia o povo ameríndio pelos caminhos da paz!
Clama livre esta terra, regada a sangue e suor!
E esmaga a mão que te oprime com a força de uma tenaz!
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REFRÃO
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Um dia a voz do índio, de Machu-Picchu às Missões,
Resgatará, no tempo, sua cultura ancestral;
E então, um canto livre virá, mesclando nações;
E ecoará na terra, dos Andes ao Pantanal!
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REFRÃO (bis)