(Miro Saldanha)
Há muitos sóis, muitas luas,
Quando o branco aqui chegou,
Chamou a terra de sua;
E ao índio se misturou,
Gerando um guapo charrua;
Por “gáucho”, se batizou.
Forjado na Pampa nua,
Trouxe a coragem que herdou
E uma altivez, ainda crua,
Que a liberdade ensinou.
REFRÃO
E é dessa mescla latina
Que o sangue gaúcho vem;
Da xucra matriz sulina
E do bravo imigrante também.
Meu povo peleou na guerra,
Com cada fuzil que tinha,
Pra defender esta terra
Que eu amo chamar de minha!
x.x.x.x.x
A história escreveu balaços
Sobre paredes furadas,
Pra conquistar este espaço
Que hoje é uma terra sagrada!
Quem duvidar, que dê um passo
Sobre a fronteira traçada!
Tente mexer nos pedaços
Desta bandeira rasgada,
E um taura chama pra o braço,
Por entre as lanças quebradas.
REFRÃO (bis)