Doze braças, bem sovado,
Da argola até a presilha,
Um armadão de oito metros,
Quatro voltas de rodilha,
Se soltando campo afora,
Num socadão de coxilha,
Buscando a toca dos "oio",
Na lágrima d'uma novilha;
Quem se criou campo afora,
Laçando por precisão...
Numa cancha de rodeio,
Não bota laço no chão!
Sou da lida e me garanto,
Montado sei o que eu faço,
Trago o Rio Grande "acabresto",
Na outra ponta do laço;
O laço, o braço e o pingo,
São três armas que conheço,
Pra fazer zebua alçada...
Buscar, de volta, o começo,
Eu sou da Pátria gaúcha,
O campo é meu endereço,
E o laço atado nos tentos...
Pra mim, não é, adereço;
Quando alguma se desgarra,
Pegando o rumo do mato,
O Mouro corta o caminho,
E o doze braças, desato...
Eu garanto que te busco,
Num cortadão, campo afora,
Pois acho até desaforo...
Deixar uma rês ir embora;
Faz sempre o 1° refrão e eu o 2°
Calçado com cano (curto, médio ou longo), feito de couro.
Apero (acessório) trançado de couro cru, composto de argola, ilhapa, corpo e presilha.
Animal vacum.