De vez em quando sempre que sobra uma vaza
Eu deixo a lida nas casas e enfreno meu alazão
Me largo ao tranco ouvindo o rangir dos bastos
Da morena eu acho rastro pra dar pasto ao coração
Quando eu escuto um alarido de cordeona
Minh'alma velha gaviona já me arrasta pro cambicho
Sinto que a noite outra vez será pequena
Porque os olhos da morena parecem que tem feitiço
(Rio Grande velho dos meus sonhos campesinos
Sou assim desde menino gosto de viver cantando
Fim de semana encilho meu estradeiro
E no farrancho campeiro eu passo a noite bailando)
Se o baile é bueno deixo a canha no sereno
Abro cancha e me enveneno de alegria na bailanta
É meu costume nessa sina de índio vago
Dançar e tomar um trago pra tirar o pó da garganta
Disse o gaiteiro larga um tranco missioneiro
Cantando versos campeiros eu já mostro o meu valor
Não custa nada pra quem nasceu guitarreiro
Num contraponto grongueiro da uma mão pro cantador
(Rio Grande velho dos meus sonhos campesinos
Sou assim desde menino gosto de viver cantando
Fim de semana encilho meu estradeiro
E no farrancho campeiro eu passo a noite bailando)
Andadura lenta dos eguariços.
Vivente que monta bem e é hábil no serviço de campo.
Bom.
Destino, sorte.