A tarde adormece calma...
Na quele rancho do fundo,
Tirando acordes da alma,
Neste Santuário do mundo,
Onde uma garoa, desce...
Lustrando o pêlo da eguada,
E um quero-quero padece,
Cuidando o lombo da estrada;
Este é o mundo que tenho,
Quando a tarde se prolonga,
É do Rio Grande qu'eu venho,
No rastro de uma milonga;
Entre o galpão e o brasedo,
Uma cambona, resmunga,
E a peonada, sem segredos,
Num mate amargo, comunga,
Com uma viola chorona...
Parindo notas ao vento,
Uma milonga, se a dona,
Deste bagual sentimento;
E a tarde quieta, se vai...
Numa garoa, guasqueada,
E o pensamento me trai,
Pegando rumo, na estrada,
Vai bater n'outra janela...
Na casa grande, de abrigo,
Foi buscar a minha bela,
Para vir matear comigo;
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Pelagem (cor dos pêlos) de animais.
Tipo de edificação que com o rancho forma um conjunto habitacional no RGS; numa Estância ou numa Fazenda, abriga o alojamento da peonada solteira, os depósitos de rações, almoxarifados, apetrechos, aperos, galpão-do-fogo, etc.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro