Avisto quincha e torrão num povoado em são martin
Vejo um pedaço de mim extraviado n'outra era
Foi morada, hoje espera poetizando agonias
Pois no museu destes dias não nos vale ser tapera
Tomba a quincha, rompe o barro qual um pranto terminal
Do abrigo tradicional trincheira perante a guerra
Hoje um semblante que encerra depois do ser e o partir
Há um destino a seguir...todos voltamos pra terra
Eu que venho de cruzada desgastando nazarenas
Matrereio as mesmas penas deste rancho a desabar
Tenho ausências no olhar e a alma a sombra do verso
Me sinto mais que o universo quando me ponho a cantar
Me sinto mais que o universo quando me ponho a cantar
Estas cenas que me abrem consciencia para o passado
Pára o mundo do outro lado na querência de quem parte
Mais sincero será o mate sem refugos por bandeira
A alma olha a porteira quando deus faz o aparte
Aceno o lenço e rumo por onde o extinto trilha
Enforquilhando tropilhas redomoniando quimeras
Até encontrar minha era sem ausências no olhar
Felizmente guitarrear num grande céu sem tapera
Cobertura com santa-fé, macega ou folhas de palmeiras.
Primeira habitação erguida no Continente de São Pedro, edificada com material que abundava no local (leiva, torrão, pedra ou pau-a-pique e barreado), coberto com quincha.
Lugar onde se gosta de viver; se quer viver; lugar do bem-querer.
Só é mate se tiver algum jujo (chá) junto com a erva.
Espaço seccionado numa cerca.